terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Espero que a gente não morra na praia", diz Mantega sobre Celg

Em palestra na tarde de ontem na Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou a situação e o acordo da Celg. Veja o que disse ao final de sua apresentação aos empresários. Leia informações sobre a operação no O POPULAR de hoje.

“Falando em Celg, não confundir as coisas, não incorrer em questões que não dizem respeito ao processo eleitoral. A Celg tem um problema de um endividamento, um problema antigo, que todos vocês conhecem melhor do que eu porque estão aqui no Estado. E nós conseguimos uma equação para que a Celg saia dessa situação e consiga o empréstimo. O empréstimo será feito ao governo, o governo vai repassar à Celg. São 3 milhões e 700 mil, é uma soma bastante expressiva. Não sei se já houve um crédito desta magnitude ao Estado. Vai diminuir o custo financeiro, vai sanear a Celg, vai fazer com que a Celg possa voltar a fazer investimentos. Eu não vejo nenhum caráter partidário nessa questão. Aliás, eu quero dizer aqui que o governo federal deu soluções para vários Estados brasileiros, independentemente de qual partido que estivesse no poder, se alguém iria se beneficiar ou não iria se beneficiar. O que interessa é o benefício ao Estado. Queria dizer, por exemplo, que um dos Estados que mais receberam crédito federal foi São Paulo, dirigido pelo governador Serra, que é o candidato oposicionista. Recebeu créditos porque o Estado de São Paulo tinha direito. O Estado de Minas é a mesma coisa. Então, não temos que olhar as questões partidárias. Não tem porque no período das eleições politizar as questões. Não é o caso. Se a Assembleia não aprovar esse crédito vai perder uma grande oportunidade de dar uma solução que será boa para qualquer governo que aí esteja (palmas). Quem quer que ganhe se beneficiará disto. É um problema criado no passado. Ninguém está discutindo a responsabilidade, mas uma solução dada. Eu espero, por todos os partidos que estão na Assembleia, que possam aprovar, porque essa é a orientação do governo federal. Somos republicanos e queremos o bem do Estado, não o bem desse partido ou de outro partido. Portanto, eu espero que tenhamos uma solução, porque o governo federal quebrou a cabeça para equacionar essa saída que aí temos e espero que a gente não morra na praia nessa questão. Eu quero agradecer aqui a oportunidade de estar com vocês nessa nossa conversa. Espero que o Estado continue tendo esse desempenho excepcional que vem tendo.
Muito obrigado!”

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