quinta-feira, 12 de maio de 2011

Alego desiste de comprar pizzas

A Assembleia Legislativa de Goiás informou ontem que cancelou a licitação para compra de pizzas, que serviriam para alimentar deputados e servidores em sessões extras na Casa. A decisão foi tomada logo depois que o presidente Jardel Sebba (PSDB) foi procurado pelo portal UOL para dar explicações sobre o pregão. Antes disso, o caso já havia repercutido negativamente no Twitter.
O aviso da licitação foi divulgado no Diário Oficial do Estado em 25 de abril, com o edital disponível no site da Assembleia Legislativa. O documento estabelecia a compra de nove tipos de pizzas (atum, calabresa, frango catupiry, lombinho, à moda, frango, banana, presunto e muçarela), ao valor previsto de R$ 33,83 cada, em total de 1,2 mil unidades. Valor global estimado: R$ 40.596,00. O edital (leia aqui) é ainda mais detalhado: as pizzas deveriam ter 0,35 cm de diâmetro, pesar aproximadamente 1 quilo e vir acompanhadas de um refrigerante "de primeira qualidade (Coca Cola, Guaraná Antarctica ou similares)".
A licitação ocorreu no dia 6 e apenas uma empresa apareceu: Dom Pedrito´s, localizada no Setor Negrão de Lima. O preço apresentado foi o mesmo da previsão do edital e a pizzaria foi declarada vencedora do pregão.
No dia 8, com a repercussão na internet e notinhas em jornais, Jardel reclamou com o diretor-geral da Assembleia, Milton Campos, sobre a compra. "Por que não escolheram sanduíches ou outra coisa? Tinha que ser pizza?", questionou.
Milton disse ao blog que já havia contrato anterior de compra de pizza e que o produto é mais apropriado para servir cerca de cem pessoas que permanecem na Casa quando há sessões extras. "Imagina fazer sanduíche de última hora pra esse tanto de gente? Pizza é mais prático", explicou. Na ocasião, o diretor-geral afirmou que já havia sido assinado o contrato com a Dom Pedrito´s.
Pois ontem, a Assembleia desistiu da aquisição e enviou à repórter do UOL a seguinte nota:

"A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás informa que, por conta da inexistência de demanda, vai anular o processo de licitação por tomada de preço para aquisição de pizzas. As pizzas serviriam para a alimentação de servidores e deputados que trabalhassem em sessões que se estendessem após as 22 horas. Desde que o atual Regimento Interno entrou em vigor, em 2007, instituindo o interstício de 24 horas entre a primeira e a segunda votação das matérias, as longas sessões extraordinárias deixaram de ser rotina na Casa. Em 2009, por exemplo, embora houvesse previsão orçamentária, não houve qualquer gasto com alimentação para servidores e deputados. Diante desse fato, ficou decidido, no início da atual gestão, que não seriam mais realizadas licitações por tomada de preço para fornecimento de pizzas. Por um erro técnico, o certame acabou sendo realizado."

Milton disse hoje pela manhã que houve problema de comunicação. "O presidente havia entendido que era lanche, e não pizza. Apuramos que no ano passado, houve gasto de apenas R$ 721,55 com pizza porque houve poucas sessões à noite. E, diante de tantos questionamentos, o presidente achou por bem cancelar", afirmou ao blog. "Estamos em maio e ainda não tivemos sessões que extrapolem o horário das 22 horas. Então realmente não era necessário", completou.
Ele corrigiu a informação de que houve assinatura de contrato, dizendo que ocorreu apenas a ata do registro de preços. O diretor afirma que consultou o departamento jurídico da Assembleia e que não há possibilidade de ação por parte da pizzaria, já que não houve fornecimento. "Não há prejuízo", afirmou.
E se acontecerem sessões à noite? "Temos um limite financeiro que pode ser utilizado em situação emergencial, mas não há perspectiva de que isso aconteça", afirmou.

Na história
Em 2007, o Ministério Público e a Polícia Civil de Goiás instauraram inquéritos para apurar irregularidades em contratos da Assembleia Legislativa, incluindo o gasto de R$ 44 mil com pizzas. As despesas foram feitas entre 2005 e 2006, na gestão de Samuel Almeida (PSDB). Com o valor, a Casa conseguiria comprar 28 pizzas por semana, ao valor de 15 reais, apurados à época.
Gastos com funcionários, diárias e outros contratos também foram investigados. Na ocasião, Samuel Almeida convocou coletiva e acusou a imprensa de também comer as pizzas quando havia sessões extras. O tucano disputou a eleição para deputado federal no ano passado e perdeu, alcançando 32.261 votos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Câmara de Anápolis faz minuto de silêncio pela morte de Bin Laden

A Câmara de Anápolis fez hoje minuto de silêncio pela morte de Osama Bin Laden. Autor da proposta, o vereador Valmir Jacinto (foto) foi à tribuna para pedir a deferência dos colegas em homenagem a dois anapolinos mortos recentemente, o empresário Deocleciano Moreira e o radialista Célio Borges, e emendou com o líder terrorista.
Depois da repercussão negativa, Valmir disse ao blog que, no caso de Bin Laden, o pedido do minuto de silêncio foi de comemoração. "Foi um misto de sentimentos. De um lado, a tristeza pela perda dos nossos conterrâneos, pela dor das famílias, e de outro, de grande alegria porque mataram um homem que promoveu o mal no mundo, que levou tristeza a milhares de famílias. A morte dele trouxe a paz mundial, acaba com aquela instabilidade depois de dez anos. Ele (Bin Laden) achava que era intocável, né?", disse.
A explicação, porém, não fez parte do pedido na tribuna. Colegas de Valmir relatam inclusive que ele falou em "companheiro Osama". O vereador nega. "Não deu tempo de explicar porque é muito rápido, mas eu quis dizer que o sentimento é de comemoração. Eu não faço pactuação com terrorismo, não", afirmou.
Na versão do presidente da Casa, Amilton Batista (PTB), e de colegas, Valmir pediu o minuto de silêncio primeiramente para os dois anapolinos e todos levantaram imediatamente. Quando o vereador republicano acrescentou Osama, já estavam todos levantados para a homenagem e mantiveram o minuto de silêncio.
O vereador tucano Fernando Cunha Neto disse que os vereadores repudiam a atitude de Valmir e que foi solicitada a retirada da "homenagem" da ata da sessão.
Foto: Site da Câmara de Anápolis

terça-feira, 19 de abril de 2011

Troca de gentilezas

Foto: Wagnas Cabral/Assessoria do Governo Estadual
Início da entrevista coletiva na manhã de hoje, após a primeira visita do governador Marconi Perillo (PSDB) ao gabinete do prefeito Paulo Garcia (PT), no Paço Municipal:
Quem vai falar primeiro?
- O governador, ele fala.
- Não, o prefeito. Fala você primeiro.
- Não, o governador vai falar.
- O prefeito é o anfitrião, ele fala. É melhor.
- Eu sou anfitrião, mas o governador é a maior autoridade presente. Ele tem a prevalência para falar.
- Bom, já que o prefeito deu a ordem, eu vou cumprir (risos). Vamos lá.

O encontro, que durou pouco mais de uma hora, teve a presença de 15 auxiliares do primeiro escalão do Estado, além do vice-governador e presidente da Celg, José Eliton Júnior, e dos 22 secretários da Prefeitura de Goiânia.

domingo, 27 de março de 2011

Deu no Correio

Pare, olhe, escute: o trem pode passar
Correio Braziliense
Reportagem: Conceição Freitas

Os trilhos que ligam o Plano Piloto a Luziânia têm muita história. Por eles passam diversas Brasílias, como a das invasões, a dos condomínios luxuosos, a dos antigos acampamentos e a dos prédios de mais de 20 andares

Há uma possibilidade, ainda remota, de Brasília, Valparaíso e Luziânia voltarem a ouvir o apito do trem. E com ele, desafogar o trânsito e melhorar a vida de 300 mil brasilienses e goianos que utilizam os ônibus e o metrô de Brasília. É o trem de ferro, um dos mais antigos meios de transporte que a civilização inventou. Ele chegou ao Distrito Federal em 1968, foi usado para viagens interestaduais e transporte de carga e até hoje continua a carregar derivados de petróleo, grãos, areia e coque, um tipo de carvão mineral. A ideia não passa de esboço e ressurge de tempos em tempos. Para ser levada adiante, depende da boa vontade não apenas do governo do DF, mas do de Goiás e do Ministério dos Transportes. O assunto vem sendo tratado nos gabinetes, já mereceu uma viagem do governador Agnelo Queiroz e um sobrevoo do secretário nacional de Desenvolvimento do Centro-Oeste do Ministério da Integração Nacional, Marcelo Dourado.
O trecho a ser utilizado, caso se concretize o projeto, é de mais de 100km, pode beneficiar 300 mil pessoas e vai da Rodoferroviária a Luziânia (GO). Os trilhos cortam Brasília na direção sul, rompem a fronteira e alcançam os municípios de Goiás que fazem parte da área metropolitana da capital do país. O Correio percorreu trechos da linha aonde era possível chegar de carro ou a pé e encontrou uma cidade desigual, a exemplo de toda ela. O percurso sobre trilhos corta setores de serviços e de indústrias, cidades-satélites, rodovias, viadutos, condomínios de classe A e B, chácaras; cruza invasões, ferros-velhos, silos, depósito de derivados de petróleo. Passa perto de grandes edifícios em construção no Guará e ao lado da Cidade do Automóvel.
Quando em território goiano, os trens cortam áreas urbanas de grande densidade: Valparaíso, Cidade Jardim, Parque Estrela Dalva, Pedregal, Jardim Planalto e, finalmente, Jardim Ingá. A linha de trem passa ao lado do shopping de Valparaíso, atravessa a BR-040 (Brasília-Rio de Janeiro) e lá adiante volta a fazer a travessia, sempre por viadutos subterrâneos, passando ao lado da Cidade Ocidental, e termina seu percurso urbano na modesta (e abandonada) estação do Jardim Ingá. De lá, segue em frente até Pires do Rio, mas são os 120 primeiros quilômetros que interessam ao brasiliense e ao morador da área metropolitana da capital do país. Da antiga Rodoferroviária ao Jardim Ingá são 60km de ferrovia e de lá até a Estação de Calambau, na divisa de Luziânia com Cristalina, são mais 60km.
Desde a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), no governo Fernando Henrique Cardoso, o trecho que chega a Brasília foi transferido para a Ferrovia Centro-Atlântica por 30 anos, prorrogáveis por mais 30. Antes, porém, a malha ferroviária brasileira já vinha em contínuo desgaste. A linha Bandeirante, que fazia transporte de passageiros de Brasília a Campinas (SP), foi melancolicamente desativada em 1992.

Grafite e ferro-velho
Passados quase 20 anos, o trecho Brasília-Luziânia, que poderia ser utilizado para o transporte urbano na área metropolitana da cidade, funciona sobre os escombros do que um dia foi uma linha férrea pontilhada de estações de passageiros. O ponto de partida, a antiga Rodoferroviária, é um campo aberto de destroços. Dezenas de vagões adormecem e estão sendo paulatinamente engolidos pelo mato, habitados pelos pássaros e visitados pelos grafiteiros. São os artistas de rua que estão transformando o cemitério de trens em uma galeria de cultura hip-hop. Num dos vagões, a inscrição “Férias na praia de metal” anuncia que os vagões viraram domínio do grafite. Pincéis sujos e sprays vazios largados nos trilhos são a prova de que o grafite encontrou área livre para imprimir sua transgressora arte urbana.
Perto dos vagões grafitados existe um enorme galpão, dentro do qual passam dois trilhos, completamente desossado. Não há mais esquadrias nem piso, nem teto, nem louça de banheiro, nem de cozinha, nem instalação elétrica. Em certos trechos, houve retirada de dormentes. Os pregos gigantes, de mais de 30cm de comprimento, saltam dos ferros, anunciando que ali não há mais nada seguro.
Da Rodoferroviária, a linha de trem segue acompanhando, em paralelo, a Estrada-Parque Indústria e Abastecimento (Epia), aproxima-se da Cidade do Automóvel, passa por baixo da Via Estrutural, corta o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e continua pelas proximidades do Setor de Cargas e Armazenamento. É nesse trecho a linha de trem margeia uma área de ferro-velho e de invasões de população de baixa renda. Os moradores dos barracos fincados rente aos trilhos temem a retirada de seus lares, caso o transporte de passageiros seja mesmo reativado.
Enquanto o trem de passageiros não vem — se é que vem —, Leidiane Ferreira da Silva, 23 anos, casada, mãe de três filhos, continua a usufruir da comodidade de morar próximo à Via Estrutural e à Epia. No dia em que o Correio esteve na casa de Leidiane, um curimatã de bom tamanho estava pendurado no varal. Bem próximo ao centro moderno de Brasília, bem à margem de uma metrópole de 2,5 milhões de habitantes, a piauiense reproduzia um velha receita nordestina: retalhou o peixe cuidadosamente e pôs a peça ao sol para, dois dias depois, fritá-la em óleo bem quente. “Meu marido não sabe comer peixe. Faço isso pra ele não sentir as espinhas.” Tanto ela quanto o companheiro, Delton Soares Martins, 34, gostaram da notícia de que o trem de passageiros pode ser reativado. “Seria ótimo. Aqui é muito difícil pegar ônibus, e o preço da passagem é um absurdo”, diz .

Lembranças
Depois de passar pelos setores de Indústria e de Cargas, a linha de trem corta o Setor de Chácaras Lucio Costa e vai desembocar no Guará. É onde ela fica com jeito bem urbano. Fere o asfalto, encosta em escolas, casas, prédios. E serve de desvio para quem quer encurtar caminho, como Alcione Pinto da Silva, maranhense de 29 anos que utiliza pequeno trecho da estrada de ferro para chegar à casa de uma amiga. “Se eu for dar a volta, fica muito longe. Mas aqui é um pouco perigoso”, diz, apontando para o matagal que acompanha os trilhos. Informada da ideia de que o trem poderá servir para o transporte público, el,a de imediato, perguntou: “É pra ontem?”.
Do Guará, os trilhos apontam para o Núcleo Bandeirante e chegam, finalmente, à primeira estação desde a Rodoferroviária. É a Bernardo Sayão, solenemente inaugurada em 1968, com o Bandeirante, trem especial da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro que passou a fazer a linha Campinas- Brasília. A chegada do trem à Estação Bernardo Sayão, em 23 de abril de 1968, foi um acontecimento que atraiu centenas de candangos às margens dos trilhos.
A construção de tijolo aparente não guarda nenhuma marca desses áureos tempos. Há pelo menos quatro famílias morando na velha estação. Temendo a retirada, os moradores não gostam de falar com jornalistas. O ferroviário Anasário José da Silva, 60 anos, mora há mais de três décadas do outro lado da estação. Ele diz que os moradores do prédio abandonado fazem pela estação o que o Estado não fez. “Pode ver as outras aí pra frente. Estão todas destruídas.”
Nos anos 1970, a Estação Bernardo Sayão estava rodeada de invasões. A Vila Tenório, a Vila Iapi, o Morro do Urubu compunham um mar de moradias improvisadas. “Tudo isso aqui era cheio de barracos de tábua”, ele diz, fazendo um semicírculo com a mão. Com a remoção dos invasores para Ceilândia, a região ficou esquecida até ser redescoberta pelos brasilienses de razoável poder aquisitivo, e o que se vê por ali são grandes residências em condomínios fechados e vilas de casas de funcionários aposentados ou ex-funcionários da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA). É numa dessas vilas que mora Anasário, homem de voz e gestos pausados, que conserva uma paixão pacata e nostálgica pelas ferrovias, sobre as quais coleciona informações históricas, técnicas e tecnológicas. Ele garante que a bitola de um metro, como a que passa na Estação Núcleo Bandeirante, ainda é adequada para vagões de passageiros. Diz que também é possível equipar a linha com mais um trilho e detalha as distâncias entre as estações até o fim do ramal, em Pires do Rio (GO).

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mudança polêmica

De vermelho, preto e verde para azul e amarelo. A iniciativa de trocar as cores nas viaturas da Polícia Militar de Goiás provoca polêmica antes mesmo dos carros saírem às ruas. A foto postada em redes sociais pelo estudante de direito Robson Niedson Martins (@niedson) renderam mais de cem comentários (Facebook + Twitter).
As críticas são de que as novas cores são as mesmas do PSDB, partido do governador Marconi Perillo. Em seu governo anterior, o tucano também provocou polêmica por, ao subsidiar a passagem do Eixo Anhanguera, em Goiânia, estabelecer preço de 45 (número do PSDB) centavos. Além disso, colocou em circulação novos ônibus, com faixas nas cores azul e amarela e um M (de Metrobus) em destaque. Há uma semana, o governador anunciou aumento de 45% nos salários dos diretores de escolas, o que virou motivo para brincadeira do próprio secretário de Educação, Thiago Peixoto.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Justiça (SSPJ) confirmou que a PM decidiu alterar a caracterização dos novos veículos, mas não soube informar o motivo e a quantidade de novas viaturas. Também não foi esclarecido se os veículos da PM já existentes também terão a troca. Veja como são atualmente e como serão as novas viaturas.
Atualizado às 15h20:
O secretário de Segurança Pública, João Furtado, entrou em contato para informar que todas as viaturas da PM - mil veículos - terão as novas cores, que, segundo ele, representam a bandeira de Goiás . Além disso, ele afirma que o azul é "retorno às origens da PM". A nova caracterização foi aprovada em reunião com o comando da PM, da qual João Furtado participou. "Temos de evocar as cores do nosso Estado. Tem de haver referencial que vincule a Goiás", afirma.
O secretário disse ainda que está sendo estudada nova farda para a PM, também na cor azul, com a bandeira de Goiás na manga. "Essa cor atual dá impressão de pouco ativa. Temos de ter uma farda mais cosmopolita, que transmita confiança, modernidade", diz.
A renovação da frota da PM é anual e a empresa que faz a locação para o Estado tem a responsabilidade de pagar pela caracterização, sem custos adicionais, segundo o secretário.
 
 

domingo, 6 de março de 2011

As orações de Marconi

O governador Marconi Perillo (PSDB) dedicou os dois primeiros dias do carnaval a participação em oito eventos religiosos - católicos, espírita e evangélicos - no Estado. Amanhã, dia do aniversário de 48 anos, vai descansar, segundo a assessoria, que não confirmou se ele viajará. 
Nos eventos católicos ontem e hoje, ele se encontrou com o deputado estadual Francisco Vale Júnior, que faz parte da ala moderada do PMDB em relação ao governo. Recebeu inclusive benção do peemedebista, ex-coordenador estadual do movimento carismático, no 19º Rebanhão de Carnaval da Renovação Carismática. Em release, a assessoria do governador destacou  a "calorosa recepção" por parte de Francisco. 
O governador disse em entrevista que já é seu costume há 25 anos visitar eventos das igrejas durante o feriado. Hoje, no Carnaval de Jesus, na Igreja Sagrada Família, em Goiânia, ele falou das dificuldades dos primeiros dois meses de governo,  enfatizando que é um homem de fé e pedindo orações. Veja imagens. (Fotos: Henrique Luiz e Lailson Damasio, da assessoria do governo)
































Na coluna Painel, na Folha de S.Paulo

Me chama que eu vou

O exemplo de Gilberto Kassab, que planeja fundar uma legenda apenas para conseguir abandonar o DEM sem ser incomodado pela Justiça, atiça o ânimo dos políticos. Dias atrás, o deputado Sandes Júnior procurou o presidente do PP, Francisco Dornelles, para manifestar descontentamento com os rumos da sigla em Goiás, sua base eleitoral. E ameaçou:
-Se continuar assim, vou pro partido do Kassab!
O veterano senador não se abalou:
-Pra onde você for, eu vou! Me leve com você...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Corte atinge R$ 26 milhões em emendas para Goiás

Um total de R$ 26,13 milhões de emendas de parlamentares goianos do Orçamento da União de 2011 foi cancelado no corte promovido pelo governo Dilma Rousseff. Os dados foram divulgados em levantamento do site Congresso em Foco (http://congressoemfoco.uol.com.br) sobre o cancelamento de R$ 1,8 bilhão em emendas de todos os Estados.
O montante faz parte de um valor maior - R$ 18 bilhões - de emendas bloqueadas, sob argumento de que é preciso reduzir gastos públicos para conter o aumento da inflação. Porém, diferentemente das emendas vetadas, aquelas que sofreram bloqueio podem ser liberadas ao longo do ano.
O levantamento mostra que 12 dos 17 deputados goianos, além de dois senadores, tiveram emendas afetadas pela tesoura do governo federal. Ao total, 380 parlamentares, sendo 273 governistas e 107 oposicionistas sofreram com o corte.
Houve também cancelamento em emendas de bancada. Goiás perdeu R$ 15 milhões. Apenas quatro estados – Amapá, Alagoas, Paraíba e Sergipe – ficaram incólumes.
Veja abaixo as emendas de parlamentares goianos vetadas.

Câmara
Carlos Alberto Lereia (PSDB)                        400.000
Estruturação da Rede de Serviços de Proteção Social Especial em Goiás  100.000
Fomento à elaboração e implantação de projetos de inclusão digital em Minaçu 300.000

Iris Araújo (PMDB)                                       800.000
Fomento a projetos em arte e cultura em Goiás 800.000

João Campos (PSDB)                                    600.000
Apoio à implantação e modernização de centros vocacionais tecnológicos em Goiás 400.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica em Goiás 200.000

Leonardo Vilela (PSDB)                               1.000.000
Fomento a projetos em arte e cultura em Goiás 1.000.000

Pedro Chaves (PMDB)                                  400.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica em Goiás 100.000
Fomento a projetos em arte e cultura em Goiás 300.000

Pedro Wilson (PT)                                        1.670.000
Fomento a projetos em arte e cultura em Goiás 150.000
Fomento a projetos em arte e cultura em Formosa 500.000
Fomento a projetos em arte e cultura em Goiás 800.000
Fomento a projetos em arte e cultura em Goiás 120.000
Apoio a iniciativas de prevenção à violência contra as mulheres em Goiás 100.000

Raquel Teixeira (PSDB)                                1.360.000
Promoção da inclusão produtiva em Goiás 160.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social especial em Goiás 200.000
Cinema da Cidade - Fundo Setorial do Audivisual para Goiás 600.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social especial em Goiás 200.000
Ampliação e consolidação da rede de serviços especializados no atendimento às mulheres em situação de violência em Goiás 200.000

Roberto Balestra (PP)                                 1.580.000
Apoio à implantação e modernização de centros vocacionais tecnológicos para Associação Pestalozzi Inhumas e em Goiás 200.000
Apoio à pesquisa, inovação e extensão tecnológica para o desenvolvimento social - Apoio para inovação social em Goiás 550.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica em Goiás 300.000
Instalação de espaços culturais em Goiás 140.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social especial em Goiás 140.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica em Goiás 250.000

Ronaldo Caiado (DEM)                            100.000
Apoio à implantação e modernização de centros vocacionais tecnológicos para Federação das Associações Pestalozzi em Goiás 100.000

Rubens Otoni (PT)                                    700.000
Ampliação e consolidação da rede de serviços especializados no atendimento às mulheres em situação de violência em Goiás 200.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica em Goiás 500.000

Sandes Júnior (PP)                                    720.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social especial em Formosa 220.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica em Goiás 500.000

Sandro Mabel (PR)                                   200.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica em Goiás 200.000

Senado
Demóstenes Torres (DEM)                       200.000
Fomento a projetos em arte e cultura para Fundação Jaime Câmara, em Goiânia 200.000

Lúcia Vânia (PSDB)                                 1.400.000
Apoio à criação e desenvolvimento de museus e centros de ciência e tecnologia - ampliação do planetário da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia 800.000
Estruturação da rede de serviços de proteção social básica - Construção de Centro de Convivência de Idoso em Goiás 500.000
Fomento a projetos em arte e cultura para Fundação Goiânia Congressos e Eventos 100.000

Bancada de Goiás                                 15.000.000
Adequação de trecho rodoviário na divisa DF-GO, na BR-020 15.000.000

TOTAL GERAL - 26.130.000

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A ideia de Jovair para a reforma política

O jornal Valor Econômico de hoje mostra a proposta do deputado goiano Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara, para a discussão da reforma política no Congresso: extinguir a Justiça Eleitoral autônoma. Leia abaixo os argumentos:


Foto: Janine Moraes/Agência Câmara

Propostas dos partidos incluem até a extinção da Justiça Eleitoral autônoma

Nada de lista fechada, voto distrital ou em distritão. Para o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), a maior prioridade de uma reforma política seria uma proposta radical: o fim da Justiça Eleitoral como um corpo técnico autônomo, de magistrados.
"A reforma política deve abranger tudo. Vamos botar o dedo na ferida. Temos democracia forte. Não precisamos de uma guardiã", defende Arantes.
O deputado critica a judicialização da política e reclama que os candidatos hoje precisam passar por um "terceiro turno", os tribunais, para terem seus mandatos confirmados.
O modelo de Justiça Eleitoral vigora no Brasil desde a Revolução de 30. Mas o petebista sugere a adoção do sistema americano, no qual os partidos são os protagonistas. Nos Estados Unidos, esse tipo de Justiça Eleitoral é alvo de intensas críticas em razão de favorecimento a aliados. Um dos casos mais notórios foi a definição da eleição presidencial de 2000, a favor de George W. Bush, na recontagem de votos na Flórida, então governada por seu irmão mais novo, Jeb Bush.
"E hoje não tem interferência do Judiciário?", rebate Arantes. O líder do PTB reclama da expansão de uma suposta "indústria de advogados" e ressalta que o novo modelo de Justiça Eleitoral poderia contar, além dos partidos, com entidades da sociedade civil, como OAB e ABI.
Líder do PCdoB, Osmar Júnior também critica a judicialização da política. Mas afirma que ela tem ocorrido menos pela falta de leis - ou seja, pelo fato de o Legislativo abdicar de seu papel de legislar - do que pela falta de poder do Parlamento
Leia mais no site www.valoronline.com.br (exclusivo para assinantes)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Marconi quer auxiliares antenados às redes sociais

O governador Marconi Perillo (PSDB) abriu na manhã de hoje a reunião com secretários sugerindo a adesão dos auxiliares às redes sociais, especialmente ao Twitter e Facebook. Adepto do microblog desde abril de 2009, o tucano contou que lê tweets de madrugada e considera a rede um importante meio para alertas e sugestões da população.
Foi pelo Twitter, por exemplo, que o governador soube da suspensão da Lei Goyazes e do programa Pão e Leite e, a partir daí, ordenou providências para a retomada dos pagamentos. Ele contou que em seus dois primeiros governos, preocupou-se em ler cartas e notas de jornais e respondê-las como forma de dar satisfação aos goianos. Segundo ele, as redes sociais facilitaram a interação.
Atualmente, 14 dos 38 auxiliares do primeiro escalão estão ativamente no Twitter (veja lista abaixo). É do secretário de Educação, o peemedebista Thiago Peixoto, o perfil com maior número de seguidores - 8.461, até o início da tarde de hoje.
Marconi recomendou que todos tenham perfil, atualizem com informações de suas pastas e apresentem esclarecimentos a críticas e dúvidas de tuiteiros. Ele adiantou que pretende inclusive se reunir com assessores de imprensa dos órgãos para orientá-los e apresentar projeto para reforçar o diálogo e a difusão de informações pela internet.

Secretários on-line

Têm perfil no Twitter
Secretaria de Articulações Institucionais: Daniel Goulart - @danielgoulart45
Casa Civil: Vilmar Rocha - @vilmar_rocha
Secretaria de Cidades: Armando Vergílio - @armandovergilio
Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana: Jânio Darrot Freire - @JanioDarrot
Secretaria da Educação: Thiago Peixoto - @ThiagoPeixoto
Secretaria de Indústria e Comércio: Alexandre Baldy - @alexandrebaldy
Secretaria de Meio Ambiente: Leonardo Vilela - @leonardo_vilela
Secretaria da Segurança Pública e Justiça: João Furtado de Mendonça Neto - @FURTADONETO
Secretaria Extraordinária de Articulação Política: Sérgio Cardoso - @sergioacardoso
Agência de Cultura: Gilvane Felipe - @GilvaneFelipe
Agência de Habitação: Marcos Abrão Roriz Soares de Carvalho - @marcos_roriz
Celg: José Eliton Júnior - @JoseEliton_Jr
Detran: Edivaldo Cardoso - @EdivaldoCardoso
Saneago: Nilson de Souza Freire - @nilsonfreirenet

Têm perfil, mas sem atualização
Secretaria de Cidadania e Trabalho: Henrique Arantes - @henriquearantes
Secretaria de Saúde: Antonio Faleiros - @Afaleiros
Secretaria Extraordinária para Entorno de Brasília: Gastão de Araújo Leite - @Gastaoleite
Secretaria de Infraestrutura: Wilder Pedro Morais - @wilder_morais
Iquego: Olier Alves - @OlierAlves

Não estão no Twitter
Secretaria de Agricultura: Antônio Flávio de Lima Fillho
Secretaria de Ciência e Tecnologia: Mauro Fayad
Controladoria Geral: José Carlos Siqueira
Secretaria de Gestão e Planejamento: Giuseppe Vecci
Secretaria da Fazenda: Simão Cirineu Dias
Secretaria da Mulher: Gláucia Maria Teodoro Reis
Secretaria Extraordinária para Ações Estratégicas: Fernando Cunha
Procuradoria Geral do Estado: Ronald Cristian Alves
Agência de Comunicação: José Luiz Bittencourt Filho
Agência de Defesa Agropecuária: Antenor Nogueira
Agência de Desenvolvimento Regional: Viter Campos Coelho
Agência de Esportes e Lazer: José Roberto de Athayde Filho
Agência Prisional: Edilson Divino de Brito
Agência de Transportes e Obras: Jayme Rincon
Ipasgo: José Taveira Rocha
Goiás Parcerias: Evandro Arantes Habib
Goiás Turismo: Aparecido Sparapani
Goiás Industrial: Ridoval Chiareloto
Metrobus: Carlos Maranhão

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Saiu na Veja



Tem boi nessa história

Revista Veja - 07/02/2011

Um prefeito do PMDB de Goiás impede e depois libera a construção de um aterro sanitário. Entre uma decisão e outra, houve a doação de dinheiro ao partido. Coincidência?

De tão estranhas ou mal conta­das, existem histórias que, apa­rentemente, só os políticos são capazes de produzir e que, de tão singulares, eles também se com­plicam muito na hora de explicar. Apa­recida de Goiânia é um município vizi­nho à capital de Goiás. Apesar da pro­ximidade com o centro do poder no estado, apenas quinze em cada 100 ca­sas dispõem de rede de esgoto, metade dos 442000 habitantes não recebe água tratada, os índices de criminalidade são elevados e a miséria grassa em bolsões onde famílias inteiras vivem em casa de papelão. O ex-senador e ex-gover­nador Maguito Vilela, um dos chefes do PMDB goiano e atual prefeito da cidade, afirma que decidiu trocar a vi­sibilidade da política nacional pelo de­safio de tentar reverter esses vergonho­sos indicadores sociais. "É uma cidade encardida, com muita coisa a ser feita", explica o prefeito. Talvez pelo fato de o município estar tão abandonado ou encardido - houve gente que vislum­brou ali o lugar ideal para abrigar um enorme aterro sanitário, com capacidade para receber lixo de toda a região, inclusive de Brasília. Uma empresa do ramo chegou a comprar uma fazenda para implantar o empreendimento. Maguito Vilela, porém, estava atento.
Alertado sobre a obra indesejada, o prefeito foi célere na defesa dos interesses de seus eleitores. Anunciou que o município tinha planos mais nobres para a área - e decidiu agir. Meses depois da chegada dos empreendedores, precisamente no dia 27 de agosto do ano passado, Maguito interrompeu sua participação na acirrada disputa eleitoral no estado e baixou um decreto declarando como área de utilidade pública para fins de desapropriação a fazenda Santa Rita de Cássia. As terras haviam sido compradas pela empresa paulista Geo Vision Soluções Ambientais e· Energia, que pertence ao grupo da Leão Leão, empreiteira especializada em uma multiplicidade de negócios de coleta de lixo urbano. "Eu desapropriei só para evitar que fizessem o aterro", diz o prefeito. No decreto, porém, Maguito escreve que o objetivo era usar a fazenda para ampliar o distrito industrial de Aparecida. Explica o ex-governador: "Eu só assinei, e não sei por que meus assessores escreveram isso. O objetivo era realmente impedir a construção do aterro".
Em novembro, encerradas as eleições, ocorreu um fato curioso: sem avisar ninguém, Maguito revogou o decreto, argumentando que o lugar da fazenda era inadequado para uma zona industrial. O aterro sanitário já podia ser construído, dependendo apenas de autorização de órgãos ambientais para funcionar. Parece contraditório, inexplicável, estranho - e é. A única coisa que aconteceu de diferente entre os 83 dias que separam a assinatura e a revogação do decreto foi uma doação de 300000 reais que a empresa Leão Leão fez ao comitê de campanha de Iris Rezende, o então candidato do PMDB ao governo de Goiás, que tinha Maguito como um de seus principais cabos eleitorais. A Leão ficou nacionalmente conhecida no rastro do escândalo do mensalão, quando surgiram evidências de que a empreiteira pagava propina a celebridades petistas. A doação da empresa à campanha peemedebista foi feita por meio de uma transferência bancária, em 30 de outrubro, um dia antes do segundo turno das eleições. Procurado, Iris Rezende não foi localizado. A Leão Leão informou que nunca conversou com o prefeito sobre doação ou qualquer outro assunto envolvendo a decisão municipal de considerar as terras de interesse público -que, aliás, considera arbitrária. O decreto de revogação da desapropriação da fazenda foi assinado por Maguito Vilela em 18 de novembro, dezenove dias depois da doação. O prefeito jura que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Vale o registro

A sequência da calorosa troca de cumprimentos entre o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) e o governador Marconi Perillo (PSDB), na terça-feira, durante a posse dos parlamentares em Brasília. Fotos: Cristiano Borges/O Popular.





sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um trem mais realista

Em novembro de 2003, os governadores Marconi Perillo e Joaquim Roriz (DF) anunciavam a intenção de construir trem-bala entre Goiânia e Brasília, que reduziria a viagem para 1 hora. A promessa era executar o projeto em cinco anos. Ambos viajaram a Europa para conhecer projetos em outros países.
Seis anos se passaram, a proposta foi esquecida, e o governador Alcides Rodrigues tratou de ressuscitar a ideia durante visita a China, desta vez propondo um trem de alta velocidade, batizado de Expresso Pequi, como ramal da Ferrovia Norte-Sul. Apesar de o anúncio ter sido feito com entusiasmo por Alcides e pelo presidente da estatal federal Valec, nada avançou.
Em entrevista ao POPULAR, publicada domingo, o secretário estadual de Infraestrutura, Wilder Morais, disse que o governo tem outras prioridades e não há previsão de investimento no projeto.
Há, no entanto, uma proposta feita por Marconi ao governo do DF de implantar um trem entre Luziânia e o Plano Piloto (distância de 66 quilômetros), mostrou hoje a coluna "Do Alto da Torre", de Eduardo Brito, no Jornal de Brasília.

Trem de Goiás para Brasília
Uma linha de trem entre Luziânia e a Rodoferroviária do Plano Piloto pode ligar não só Goiás ao Distrito Federal, mas também os governadores Marconi Perillo e Agnelo Queiroz. A proposta foi feita por Perillo a dois secretários brasilienses, do Entorno, Bispo Renato, e do Desenvolvimento Econômico, José Moacir Vieira, além do líder do PT na Câmara, Chico Vigilante. A ideia é aproveitar a linha já existente, que servia inclusive para transportar passageiros entre Brasília e Campinas durante décadas, mas hoje está quase desativada.

Dupla vantagem
Na ótica do GDF, a linha de trem oferece duas vantagens. Facilitaria o acesso à capital de uma substancial parcela de moradores do Entorno - o eixo Luziânia-Cidade Ocidental-Valparaíso - com a possibilidade de uma conexção que beneficiaria Gama e Santa Maria. De quebra, evitaria a dependência das empresas de ônibus que hoje monopolizam o transporte na região e que são muito criticadas pelos usuários, tanto de Goiás quanto do DF.

Nova postura
A iniciativa, na visão de interlocutores brasilienses, pode representar uma mudança na postura do governo de Goiás, notoriamente refratário a investir no Entorno. Essa postura chegou a provocar mal estar entre governadores, como entre José Roberto Arruda e Alcides Rodrigues. Agora, Marconi Perillo se dispõe a partilhar os custos. Como se pode aproveitar a linha férrea já existente, desde que modernizada, a despesa será moderada. É esperar para crer.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Até que as eleições os separem

Ex-ministro de Articulação Política do governo Lula, Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde, esteve na manhã de hoje em Goiânia para tratar sobre possível surto de dengue no País. Em discurso, Padilha defendeu parcerias com o governo estadual e prefeituras e disse que a disputa acabou com o término das eleições.
"Para mim, esta data marca o dia em que vamos iniciar uma grande parceria, independentemente dos partidos políticos. Venho aqui por uma orientação clara e explícita da presidenta Dilma: a disputa partidária acabou no final das eleições. A partir do dia 1º de janeiro, o que interessa são as necessidades do povo", afirmou o ministro.
O governador Marconi Perillo (PSDB) também defendeu união e afirmou ter "muita confiança técnica" na presidente Dilma. "Politicamente sempre tivemos de lados opostos, mas sempre nos respeitamos".
O mesmo clima amistoso foi visto entre Marconi e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT). O petista e o senador Demóstenes Torres (DEM), também presente no evento, são os dois mais cotados hoje para a disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2012. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), que anda cheio de elogios ao governo estadual, também estava lá. Vejam só quantos sorrisos. Fotos de Leoiran.









 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A gafe de Indio


O número de mortos na Região Serrana do Rio já passava de 250 às 19h30 de quarta-feira, quando o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ) entrou no Twitter comemorando resultados de exames. "Acabei de receber os resultados de um check-up completo. Saúde está 100%", disse. Nenhuma menção à tragédia, aos mortos, às providências, a mobilização política, a solidariedade, nada.
Veio então uma chuva de tweets com críticas à postura do deputado. "Parabens pela saúde. pena que nem todos os fluminenses possam se gabar como o Sr.", disse o perfil @livredebate. "Legal, você é mesmo uma FIGURA. KKKK o mundo acabando e vc olhando pro umbigo", criticou @_potiguardarrc. "Quem esse Índio da Costa pensa que é? Num momento crítico da vida do RJ, ele se gaba da própria saúde? Político playboy!", atacou @PerllaIsadora.
Às 22h37, Indio tocou no assunto. Disse que a Defesa Civil tinha que ter "estrutura para agir todo ano e não só em tragédias". No fim da noite de quinta-feira, em resposta a quatro perfis, explicou o motivo da comemoração do dia anterior: "Estava com suspeita de câncer, mas era apenas um nódulo. Tenho ajudado as vítimas no q posso".
Por volta de 1 hora de sexta-feira ele então se desculpou: "Peço desculpas ter tratado da minha saúde nesse momento. Eu estava com suspeita de câncer, mas era um nódulo. Farei a minha parte!". E em seguida cobrou do governo federal verba prometida para ajudar as vítimas do Rio. E completou: "Agradeço aos tt imediatos. Vamos nos concentrar em ajudar as vítimas. Até amanhã".
Candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), Indio provocou polêmicas por declarações e frequentes gafes durante a campanha. A mais polêmica foi a acusação de que o PT é "ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior". No dia seguinte, depois do mal-estar para a campanha tucana, o vice recuou, disse que o PT não fazia narcotráfico. Dias antes, ele havia chamado a então candidata Dilma Rousseff de "esfinge do pau oco".
Às 3 horas desta sexta-feira, o número de mortos no Rio chegava a 506, de acordo com o site G1.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Servidores usam Twitter para cobrar salário atrasado

Mais de 130 tweets foram remetidos ao governador Marconi Perillo (PSDB) - com uso do link @marconiperillo - desde o início da semana para cobrar o pagamento dos salários de dezembro. O governo anterior deixou cerca de R$ 340 milhões a quitar da folha do funcionalismo.
Os apelos no Twitter aumentaram desde ontem, depois que o secretário estadual da Fazenda, Simão Cirineu, informou que o Estado não tem condições de completar o salário de dezembro e pagar a folha de janeiro com a receita deste mês. O Estado ainda não apresentou uma alternativa para o pagamento.
Marconi tem aparecido pouco no Twitter. Fala basicamente de compromissos dos últimos dias e responde a poucas citações. Até agora não comentou nenhuma das cobranças. Há tweets em vários tons: elegantes, irônicos, de incentivo, de duras críticas e de piadas. Veja alguns (moderados) selecionados pelo blog.

















quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Anápolis, "a capital dos genéricos"

Matéria do jornal Valor Econômico de hoje.

Cidade dos genéricos, Anápolis avança
Mônica Scaramuzzo
De Anápolis e Goiânia

Anápolis já não é mais a mesma. A cidade com um quê interiorano, a cerca de 50 quilômetros da capital de Goiás, começou a mudar seu dia a dia nos últimos meses. A transformação é perceptível nas cores renovadas das casas, na construção de novos condomínios e edifícios que pipocam aqui e ali, impulsionados pelo aumento de renda com a chegada de novas indústrias à região. E todas essas mudanças, que não são poucas, vêm acompanhadas de um movimento migratório de trabalhadores, sobretudo do Sul e Sudeste do país, para ocupar cargos estratégicos em empresas farmacêuticas que se expandem ou chegam à cidade.
Os laboratórios, que começaram a ser instalados a partir dos anos 90 na cidade, fazem de Anápolis uma nova realidade. Somente nos últimos 12 meses, até dezembro, multinacionais e companhias brasileiras injetaram cerca de R$ 2 bilhões em Anápolis, atraídas pela oportunidade de negócios no segmento de genéricos. As companhias são seduzidas por um polpudo programa de incentivos fiscais e localização geográfica estratégica, cortada por duas rodovias federais, o que também atraiu grandes distribuidoras de medicamentos (ver abaixo).
Anápolis é o terceiro polo produtor farmacêutico do país e já caminha para a segunda posição - nos próximos meses a cidade vai desbancar o Rio de Janeiro - e está na disputa com São Paulo para ser o maior em genéricos do Brasil.
Em 2009, a cidade atraiu os holofotes - que permanecem desde então - com a compra da Neo Químicapela Hypermarcas(ver matéria ao lado). A empresa estava sendo disputada pela americana Pfizer, que perdeu o páreo, porém, quase um ano depois, abocanhou 40% do laboratório Teuto, instalado no mesmo complexo industrial da cidade, o Daia (Distrito Agroindustrial de Anápolis). Empresas como as suíças Novartise Roche também chegam à cidade para investir em distribuição de remédios, podendo fazer investimentos em laboratórios no futuro, segundo Luiz Medeiros, secretário de Indústria e Comércio do Estado. O Achécomprou 50% da Melcon, laboratório de médio porte também situado no Daia.
Além das gigantes suíças, grandes companhias, como a EMS, a maior nacional do país, analisam construir uma fábrica na região, segundo fontes do setor. A Novartis não confirma investimento na cidade.
O movimento de consolidação de ativos no setor tem mudado o perfil da cidade, que abriga novas faculdades e universidades para formar mão de obra local qualificada para essas indústrias. "Cheguei até Anápolis atraída por um anúncio da internet", diz a gaúcha Fernanda Figueiredo, 30 anos, formada em 2003 em farmácia industrial. Antes de ingressar na Teuto, onde ocupa o cargo de supervisora de produtos injetáveis, Fernanda passou pelo laboratório paranaense Pratti Donaduzzi. A gaúcha, desde 2005 na cidade, já está estabelecida. Conheceu seu marido na Neo Química e não pretende voltar para o Rio Grande do Sul.
Trajetória parecida tem o paranaense Milton Cavallari de Lima, 29 anos. Supervisor de produção de medicamentos sólidos na Teuto desde 2007, chegou a Anápolis quatro anos antes para fazer estágio na Greenpharma. Depois seguiu para a Cifarma. "Cortei o cordão umbilical com minha cidade e me estabeleci aqui", diz.
O polo farmacêutico de Anápolis começou a ganhar corpo com a expansão do Daia, fundado em 1976. São cerca de 100 empresas, das quais um quinto do segmento farmoquímico, além de companhias dos setores de alimentos, automobilístico, adubos, materiais de construção e um porto seco.
Com o frenético movimento de consolidação do setor farmacêutico em todo país nos últimos meses, muitas são as apostas de que as aquisições deverão reduzir o ritmo. No entanto, pequenas e médias empresas de Anápolis, descartadas inicialmente por grandes grupos, são consideradas hoje alvos potenciais de interessados em migrar para aquela região.
A FBM, farmacêutica de médio porte especializada em saneantes hospitalares, saiu do zero em 2000 e hoje fatura R$ 100 milhões. Junto com a Hospfar, empresa de Goiânia, especializada em produtos hospitalares controlada pelo empresário Marcelo Perillo, soma receita de R$ 600 milhões. O grupo é alvo de assédio, mas Perillo garante que ainda não está à venda. "Não descartamos parcerias com multinacionais para desenvolvimento de medicamentos", diz. A FBM concluirá em março um investimento de R$ 70 milhões e fechou parceira com uma empresa austríaca para produzir hormônios.
Embora os laboratórios instalados no Daia sejam hoje alvo de assédio, alguns ainda travam uma luta para se reerguer. É o caso do Kinder, especializado em genéricos, que foi desativado há dois anos por falta de capital. Seu proprietário, Marçal Soares, presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de Goiás, está em busca de investidores para reativar a fábrica. Com o ritmo acelerado de aquisições que se observa na região, a Kinder poderá abrir suas portas até mesmo com um novo dono.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Primeiras medidas do governo na área de pessoal


Em reunião com o secretariado na tarde de hoje, o governador Marconi Perillo anunciou conjunto de medidas relacionadas ao funcionalismo público. As ações visam principalmente ao corte de gastos e à instituição do sistema de meritocracia - baseado no modelo já implantado em Minas Gerais e Pernambuco.Veja as medidas e leia mais sobre a reunião no POPULAR desta terça-feira. A foto acima é de Wagnas Cabral, da assessoria do governo.

* Corte de 10 mil contratos temporários e avaliação, no prazo de 60 dias, da necessidade de permanência dos demais ocupantes de cargos temporários, cujos vínculos serão mantidos por este período.
* Exoneração de todos os ocupantes de cargos comissionados da estrutura básica e complementar, direta ou indireta, e avaliação, no prazo de até 60 dias, da necessidade de permanência dos demais ocupantes de cargos comissionado.
* Suspender os processos de concurso em andamento, proibir novos por um prazo inicial de 12 meses.
* Revisão, no prazo de 60 dias, da concessão de todas as funções comissionadas (FC).
* Instituir a meritocracia, com avaliação individual e institucional, com base no desempenho alcançado nos contratos de gestão por resultados; provimento de cargos gerenciais por avaliação por mérito; criação e administração de um banco de habilitados para apoiar o provimento por mérito.
* Estabelecer mecanismos que permita o afastamento voluntário temporário, sem remuneração, de servidor público.
* Cancelamento, a partir de 1º de janeiro de 2011, dos atos de disposição e cessão de funcionários e renovações e novas cessões apenas com ônus para o órgão requisitante (de outros poderes ou esferas federativas).
* Reorganizar o quadro de pessoal, tendo por base a reforma administrativa, com a definição de quantitativos por órgão e a realocação de servidores.
* Implantação do Fórum do Servidor Público: decreto criando canal permanente de comunicação com os servidores públicos.
* Revitalização da Escola de Governo / Foco no novo modelo de gestão pública de Goiás – Estabelecer política de capacitação e reciclagem dos servidores, de modo a viabilizar o pleno exercício do modelo de gestão voltado para resultados.
* Observância da data base do servidor público.
* Sanear o Ipasgo para posterior gestão dos servidores públicos.
* Estabelecer processo de remanejamento incentivado de servidores, como forma de suprir de pessoal os órgãos carentes.
* Realocação de todos os gestores para os órgãos da administração direta ou indireta, em conformidade com a necessidade do serviço público.
* Análise imediata e em conjunto, com formação de grupo específico de procuradores do estado e membros da Controladoria Geral do Estado, das centenas de ações judiciais decorrentes dos concursos públicos, visando eliminar a grave insegurança jurídica nos órgãos referidos e dos servidores.
* Punir com a perda do cargo ou da função comissionada a chefia imediata que permitir ou for leniente com o descumprimento da carga horária e da assiduidade previstas no regime de trabalho dos respectivos cargos.
* Tornar obrigatório para todos os órgãos públicos a utilização do RHNet.
* Centralizar na Secretaria de Gestão e Planejamento a preparação dos atos com relação a lotação, disposição, cessão e transferência de servidores para apreciação do governador, como forma de controle da situação do conjunto de servidores do Estado.

Agenda do governador Marconi Perillo

Agenda oficial no primeiro dia útil do governo

7h: Entrevista ao Bom Dia, Goiás
8h: Entrevista à TV Record
10h: Posse do delegado-geral da Polícia Civil e troca de comando da PM e do Corpo de Bombeiros, na cidade de Goiás
16h: Primeira reunião com o secretariado, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira
17h: Posse da mesa diretora da Câmara de Goiânia
19h30: Posse da mesa diretoria da Câmara de Rio Verde

domingo, 2 de janeiro de 2011

Pérolas dos políticos no Twitter

Os erros de português e as mensagens, digamos, curiosas dos políticos no Twitter foram tantas nos últimos dias que merecem que o blog ressuscite o Pérolas do Twitter, feito durante a campanha eleitoral. O vereador e jogador de futebol Túlio Maravilha (PMDB) passa a ocupar a vaga de Dhomini (PR), ex-candidato a deputado estadual, recordista nas pérolas na rede. Bolso vira bolço; lidar, lhe dar; cumprimento, comprimento; parabenizo, parabeniso; majestoso, magestoso. Divirtam-se.